Quando ser bom não é suficiente: a injustiça corporativa


Você já se sentiu injustiçado no seu trabalho? Já viu colegas menos competentes subirem de cargo enquanto você permanece estagnado? Já sofreu sabotagem ou perseguição de seus chefes? Se você respondeu sim a alguma dessas perguntas, saiba que não está sozinho. Muitos profissionais qualificados e dedicados enfrentam situações de injustiça corporativa, que podem afetar sua autoestima, sua motivação e sua saúde mental.


Um exemplo disso é o caso de Luiz, um engenheiro que trabalhou por 11 anos em uma grande empresa do setor elétrico. Luiz era reconhecido por sua competência técnica, sua criatividade e sua capacidade de resolver problemas complexos. Ele tinha todas as condições de ser promovido e assumir cargos de liderança, mas nunca teve essa oportunidade.


Por quê? Porque sua gerência não valorizava seu trabalho, não dava feedbacks construtivos e não oferecia chances de crescimento. Pelo contrário, sua gerência fazia de tudo para prejudicar sua imagem, desqualificar seus projetos e dificultar sua comunicação com outras áreas. Luiz era visto como uma ameaça, um concorrente, um incômodo.


O resultado disso foi que Luiz acabou sendo demitido, sem justa causa, sem aviso prévio, sem direito a nada. Ele ficou sem emprego, sem renda, sem perspectiva. Ele se sentiu traído, humilhado, desvalorizado. Ele perdeu a confiança em si mesmo e no mercado de trabalho.


Esse é um exemplo extremo, mas infelizmente não é raro. A injustiça corporativa é uma realidade que afeta muitos profissionais no Brasil e no mundo. Ela pode ter diversas formas e causas, mas geralmente está relacionada a questões de poder, cultura, ética e diversidade.


Como lidar com a injustiça corporativa? Não há uma resposta única ou fácil para essa pergunta. Cada caso é um caso e cada pessoa reage de uma forma. Mas algumas dicas podem ajudar:


- Busque apoio emocional. Converse com pessoas de confiança, como familiares, amigos ou terapeutas. Desabafe seus sentimentos, compartilhe suas angústias, peça conselhos. Você não precisa passar por isso sozinho.

- Busque apoio jurídico. Se você acha que seus direitos foram violados ou que sofreu algum tipo de assédio ou discriminação, procure um advogado especializado em direito trabalhista. Você pode ter direito a uma indenização ou a uma reintegração.

- Busque novas oportunidades. Não deixe que a injustiça corporativa abale sua autoestima ou sua carreira. Você tem valor, você tem talento, você tem potencial. Procure outras empresas ou áreas que reconheçam suas qualidades e ofereçam chances de crescimento.

- Busque aprendizado. Tente tirar alguma lição positiva dessa experiência negativa. O que você pode fazer diferente da próxima vez? O que você pode melhorar em suas habilidades ou atitudes? O que você pode evitar ou prevenir em situações futuras?

- Busque justiça. Não se conforme com a injustiça corporativa. Denuncie, proteste, mobilize-se. Faça parte de movimentos ou organizações que lutem por um ambiente de trabalho mais justo, ético e diverso. Você pode fazer a diferença.


Lembre-se: ser bom não é suficiente, mas também não é demérito. Ser bom é um requisito básico para qualquer profissional que se preze. Mas ser bom não garante sucesso nem felicidade no trabalho. É preciso também ser justo, ser ético, ser diverso. E exigir que as empresas sejam também.