- Palavras-chave:
- Charles Bukowski,
- supermercado,
- paixão,
- exploração,
- blackout,
- sexo,
- depósito, r
- elato,
- juventude,
- trabalho.
Introdução:
Aos vinte anos, a vida era um supermercado de promessas não cumpridas e desejos reprimidos. O trabalho, uma rotina exaustiva de exploração, e a paixão, uma chama que ardia em meio ao caos. Em um dia como outro qualquer, um blackout inesperado me proporcionou um encontro ardente com a garota que me fazia suspirar entre as prateleiras.
O Relato:
O supermercado, um labirinto de corredores e prateleiras, era o palco da minha juventude explorada. Os donos, abutres famintos por lucro, sugavam minha energia sem piedade. Mas, em meio àquele cenário sombrio, uma luz brilhava: ela, a garota que me fazia esquecer da exploração e sonhar com um futuro além das caixas registradoras.
Seu sorriso era um enigma, seus olhos, um convite silencioso. Mas ela sempre se esquivava, como um fantasma que desaparecia entre as prateleiras. A frustração me corroía, a paixão se transformava em um nó na garganta.
Então, o blackout. A escuridão engoliu o supermercado, o silêncio se fez presente, e o medo pairou no ar. As portas se fecharam, e nós dois, sós na penumbra, nos dirigimos ao depósito.
Aproveitei a oportunidade, a adrenalina pulsando em minhas veias. Peguei-a pelo braço, um gesto impulsivo, e a beijei. Um beijo quente, desesperado, faminto. Para minha surpresa, ela respondeu com a mesma intensidade, como se esperasse por aquele momento.
A lascívia nos dominou, e o depósito se transformou em um palco improvisado para o nosso desejo. Entre caixas e produtos, fizemos amor, um ato de rebeldia contra a exploração e a rotina.
A Reflexão:
Como Bukowski, encontrei beleza na sordidez, paixão na decadência. O sexo, um grito de liberdade em meio à exploração, um momento de êxtase em um mundo cinzento.
Aquele blackout, um acaso do destino, me proporcionou um encontro inesquecível. A garota, um símbolo de esperança em meio ao caos, me mostrou que a paixão pode florescer nos lugares mais improváveis.
Mas a vida seguiu seu curso, e o supermercado continuou a ser um palco de exploração. A garota, um fantasma que desapareceu entre as prateleiras, deixando apenas a lembrança de um beijo roubado e uma noite de amor no depósito.
Conclusão:
A juventude, um turbilhão de paixões e desejos, nos leva a lugares inesperados. O trabalho, a exploração, a rotina, tudo se mistura em um caldeirão de emoções.
E, em meio a tudo isso, a paixão, um grito de liberdade, um lampejo de esperança em um mundo que teima em nos aprisionar.
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